Nem
tudo que digo é para você, nem tudo que me apetece é parte de alguém. Tudo faz
vontade a alguém, num ritual de renascimento, quando desço as escadas e esvazio
minha mente procurando melhores respostas para minhas frustrações, além daquela
nova silenciosa sobriedade, cheirando palavras ruins, resistindo a elas.
Enquanto sussurros me batem pelo excesso de vírgulas, dou conta de que devo
sair de casa, de que procrastino para passar mais um tempo na gostosa dor do
fracasso, sem me importar se isso é piegas ou se a própria constatação disso
não dá no couro, leio o tatuado, belisco meus joelhos até sangrarem e chamo
isso de sabor, pois mais ninguém entende ou digere. Sou um hieróglifo, vocês
não sabem!
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